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Animal exótico como pet?

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Primeiramente, você já pensou em ter um animal exótico como pet? Muitas pessoas se encantam com a ideia de ter um bicho diferente e incomum em casa, mas será que isso é possível e seguro? Neste texto, vamos falar sobre como ter um animal exótico como pet, quais são as leis que regulam essa prática, quais são os riscos à saúde ou à segurança de pessoas e animais, além disso, como cuidar desses pets especiais. Acompanhe!

O que são animais exóticos?

Animais exóticos são aqueles que não são nativos de uma determinada região ou país. Eles podem ser silvestres em seus locais de origem, ou seja, que vivem na natureza sem passar por um processo de domesticação. Alguns exemplos de animais exóticos são: iguanas, saguis, chinchilas, coelhos, micro pigs, entre outros.

É possível ter um animal exótico como pet?

Sim, é possível ter um animal exótico como pet, desde que se cumpra alguns requisitos legais e éticos. O primeiro passo é verificar se a espécie escolhida está na lista de animais autorizados pelo IBAMA para criação doméstica. Essa lista pode ser consultada no site do órgão: /ibama/pt-br/assuntos/fauna-silvestre/criacao-amadora-de-animais-silvestres

O segundo passo é adquirir o animal de um criador licenciado pelo IBAMA, que siga os protocolos de vigilância sanitária e veterinária. Nunca compre um animal exótico de forma ilegal ou clandestina, pois isso incentiva o tráfico de animais silvestres, que é um crime ambiental e pode trazer graves consequências para a biodiversidade e para o bem-estar dos animais.

Em seguida, o terceiro passo é obter uma autorização do IBAMA para manter o animal em casa. Essa autorização é chamada de Certificado de Registro (CR) e deve ser solicitada pelo site do órgão.

O quarto passo é seguir as normas e orientações do IBAMA para a criação do animal exótico, respeitando suas necessidades específicas de alimentação, alojamento, manejo, saúde e bem-estar.

Quais são os riscos de ter um animal exótico como pet?

Ter um animal exótico como pet pode trazer alguns riscos tanto para o próprio animal quanto para as pessoas e outros animais que convivem com ele. Alguns desses riscos são:

  • Risco sanitário: alguns animais exóticos podem ser portadores de doenças transmissíveis aos humanos ou a outros animais domésticos, como raiva, leptospirose, Salmonelose, entre outras. Por isso, é importante manter o animal vacinado e vermifugado, além de realizar consultas periódicas com um veterinário especializado.
  • Risco comportamental: alguns animais exóticos podem apresentar comportamentos agressivos ou estressantes quando mantidos em cativeiro, como morder, arranhar, fugir, vocalizar excessivamente, automutilar-se, entre outros. Por isso, é importante oferecer ao animal um ambiente adequado às suas características naturais, com espaço suficiente, enriquecimento ambiental, socialização e estímulos positivos.
  • Risco ambiental: alguns animais exóticos podem escapar ou ser soltos indevidamente na natureza, causando impactos negativos na fauna e na flora nativas. Por isso, é importante manter o animal sempre sob supervisão e em recintos seguros e fechados. Além disso, nunca solte um animal exótico na natureza sem autorização do IBAMA.

Como cuidar de um animal exótico como pet?

Cuidar de um animal exótico como pet requer muita responsabilidade e dedicação. Cada espécie tem suas particularidades e demandas específicas de cuidados. Por isso, antes de adquirir um animal exótico como pet, é fundamental pesquisar sobre suas características biológicas, comportamentais e ambientais. Algumas dicas gerais são:

  • Alimentação: ofereça ao seu pet uma dieta balanceada e adequada à sua espécie, seguindo as orientações do veterinário e do criador. Evite oferecer alimentos humanos, que podem ser prejudiciais à saúde do animal. Forneça água limpa e fresca diariamente.
  • Ambiente: providencie um recinto confortável e seguro para o seu pet, que atenda às suas necessidades de espaço, temperatura, iluminação, ventilação, higiene e abrigo. O recinto deve ser limpo regularmente e conter objetos e brinquedos que estimulem o animal a se exercitar e se divertir.
  • Saúde: leve o seu pet ao veterinário periodicamente para realizar exames preventivos, vacinas, vermífugos e outros procedimentos necessários. Observe o comportamento e a aparência do seu pet e procure o veterinário em caso de qualquer alteração ou sinal de doença.
  • Bem-estar: respeite o temperamento e as preferências do seu pet, evitando forçá-lo a situações que possam causar medo, dor ou estresse. Proporcione ao seu pet momentos de carinho, atenção e interação, mas sem exageros ou invasões. Eduque o seu pet com paciência, reforço positivo e sem violência.

Quais são os animais exóticos que os órgãos ambientais aconselham?

Os órgãos ambientais aconselham que as pessoas optem por animais exóticos que sejam mais adaptáveis à vida doméstica, que tenham menor risco sanitário e ambiental, contudo que não estejam ameaçados de extinção. Alguns exemplos são:

  • Chinchila: é um roedor originário da América do Sul, que possui uma pelagem macia e densa. É um animal dócil, curioso e inteligente, que pode viver até 15 anos. Porém, precisa de uma gaiola espaçosa, com vários níveis, brinquedos e uma caixa de areia para se banhar. Sua alimentação é baseada em ração específica, feno e frutas secas.
  • Coelho: é um mamífero originário da Europa, que possui uma pelagem fofa e longas orelhas. É um animal sociável, brincalhão e carinhoso, que pode viver até 10 anos. Nesse sentido, precisa de uma gaiola grande, com comedouro, bebedouro, caixa de areia e brinquedos. Sua alimentação é baseada em ração específica, feno, verduras e frutas.
  • Iguana: é um réptil originário da América Central e do Sul, que possui uma pele escamosa e uma crista dorsal. É um animal tranquilo, mas que pode ficar arisco se não for bem socializado. Pode viver até 20 anos. Precisa de um terrário grande, com fonte de calor, luz UVB, substrato e esconderijos. Sua alimentação é baseada em vegetais folhosos, frutas e flores.
  • Saguim: é um primata originário da América do Sul, que possui uma pelagem colorida e um rabo longo. É um animal ativo, curioso e afetuoso, que pode viver até 15 anos. Todavia, precisa de uma gaiola ampla, com galhos, cordas, redes e brinquedos. Sua alimentação é baseada em ração específica, insetos, frutas e legumes.

Conclusão

Afinal, ter um animal exótico como pet pode ser uma experiência incrível para quem gosta de bichos diferentes e incomuns. No entanto, é preciso ter consciência dos desafios e responsabilidades envolvidos nessa escolha. Antes de adquirir um animal exótico como pet, informe-se sobre as leis que regulam essa prática, os riscos à saúde ou à segurança de pessoas e animais, e os cuidados específicos que cada espécie requer. Enfim, Lembre-se também de respeitar o bem-estar do seu pet e de contribuir para a preservação da fauna silvestre.

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